A DIFICULDADE ENFRENTADA POR DECIFICIENTES VISUAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A DIFICULDADE ENFRENTADA POR DECIFICIENTES VISUAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

INTEGRANTES

Gabriela Braun Ribeiro

Alícia Penner C. De Oliveira

Carla Gabriela Pereira Roberto

Nicoly Rocha de Carvalho

Thayane Pereira

Toniely Costa Gutiam

PROFESSOR ORIENTADOR

Jacqueline Damasceno De Castro Barros

RESUMO DO PROBLEMA

Qual a dificuldade encontrada por deficientes visuais na administração de medicamentos em seu cotidiano?

As dificuldades enfrentadas pelos deficientes visuais ao acesso de medicamentos por falta de comunicação e auxílio da sociedade, vem criando mais uma vez uma barreira para ultrapassar as dificuldades.

“-Uma das coisas que acho que dificulta a gente é que a gente não tem muito acesso para as coisas […] assim médicos, pessoas que expliquem as coisas. Eu tive que aprender na marra. Não teve quem me ensinou como era o colírio […] (PINTANEL; GOMES; XAVIER; 2011. P.88)

É notório que a dificuldade vem por conta da falta de inclusão social, e auxilio de profissionais capacitados.

ESCOPO DA SOLUÇÃO

Este projeto é uma pesquisa qualitativa, com caráter explorativo e descritivo onde entrega-se um demonstrativo das dificuldades que deficientes visuais passam em relação ao uso de medicamentos. Não focada somente na prática da utilização destes, mas também, questões sociais para que não-deficientes possam ter ciência dos pontos abordados, a fim de que este assunto tenha mais visibilidade na sociedade. Para obter essas informações foram utilizados os critérios de exclusão: artigo em língua estrangeira e de mais de 15 anos, sendo adotados os critérios de inclusão: artigos em português, com palavras chaves como Deficiência visual, medicamentos e autonomia.

O estudo foi realizado no Instituto Luis Braille de Espirito Santo (organização não-governamental, sem fins lucrativos, voltada a melhorar a qualidade de vida dos deficientes visuais do estado do Espírito Santo), no período entre os dias 16/08/2021 ao dia 22/11/2021, no qual os participantes dessa ONG expuseram as dificuldades vividas. Com isso, foram levadas possíveis soluções para a problemática, obtidos através de estudos literários e conversas com profissionais da área.

Outro público alcançado através do projeto, foram os não-deficientes. De forma a se diferenciar do primeiro, procurou-se apresentar o problema através de dados coletados tanto de estudos independentes, quanto das visitas ao próprio Instituto. Foram utilizadas redes sociais como Instagram, através de um post informativos a respeito da problemática. Ademais, foi apresentado um vídeo com um fim conscientizador e informativo apresentado aos alunos da Unisales na Mostra de Projetos no dia 30/11/2021.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Apresentar uma palestra para ajudar os deficientes visuais na administração e identificação de medicamentos. Além de orientar a sociedade sobre o alto grau de uso incorreto de medicamentos dos deficientes visuais e suas limitações quanto ao mesmo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Descrever as medidas que devem ser adotadas pelo governo para auxiliar na inclusão social dos deficientes visuais;
  • Descrever como as políticas de saúde lidam com deficientes visuais e medicamentos;
  • Orientar os deficientes visuais sobre o uso de medicamentos;
  • Sensibilizar a sociedade, por meio das mídias sociais, sobre as dificuldades encontradas pelos cegos na administração de medicamentos.

JUSTIFICATIVA

A deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos em caráter definitivo ou temporário. De acordo com o Censo de 2000 feito pelo IBGE, 24,5 milhões de brasileiros eram portadores de algum tipo de deficiência, desse total, cerca de 48% eram deficientes visuais, podendo ter baixa visão, cegueira ou próximo a cegueira. Essas pessoas pertencem às classes mais desfavorecidas da sociedade, sendo menos atingidos pelas políticas sociais.

As pessoas com deficiência fizeram mais uso de medicamentos quando comparadas aos não-deficientes. Esse fato pode ser devido a características do quadro de saúde desse grupo populacional, geralmente mais exposto a doenças decorrentes também da idade ou sexo, e não somente da deficiência em si, necessitando de maior atenção com a saúde. Além disso, a cronicidade de doenças pode levar ao processo incapacitante e exigir cuidados farmacológicos por parte de seus portadores. A maior incidência de comorbidades entre as pessoas com deficiências, podendo indicar maior necessidade de assistência farmacêutica. (CASTRO, 2010. p.608)

A dificuldade do uso de medicamentos por deficientes visuais reflete diretamente no seu tratamento, podendo ocasionar várias complicações, desde o tratamento insuficiente, devido à dificuldade de tomar as doses certas e no horário, e o derramamento de medicamentos, podendo até ocasionar overdose (OLIVEIRA, 2015).

Um estudo realizado por Weeraratne, Opatha e Tosa (2012) sobre desafios e complicações de deficientes visuais no uso de medicamentos selecionaram 63 participantes para responder um questionário. Dentro os participantes, 35% apresentavam perda de visão parcialmente e os demais, cegueira. Foi resultado que 25,39% tem dificuldades para encontrar o medicamento e 17,46% de diferenciar as embalagens, podendo acarretar diversos problemas de saúde devido ao uso incorreto de medicamentos.

DESCRIÇÃO DO RESULTADO

   Levando em consideração a estratégia utilizada em algumas unidades básicas de saúde da Grande Vitória em consideração, as quais distribuíam caixas com desenhos em alto relevo para separar os remédios de forma que os pacientes visualmente deficientes (ou analfabetos) pudessem reconhecer com o tato onde estariam determinados produtos, foi elaborada uma “Bolsa de medicamentos”, que consiste em uma bolsa com três repartições que contém uma figura geométrica diferente em cada compartimento afim de diferenciar manhã, tarde e noite para que assim aqueles que as recebessem pudessem colocar suas medicações de acordo com os horários que as tomassem , além de pequenas figuras geométricas com adesivos para que se fosse necessário pudessem colar nas embalagens primarias dos medicamentos, no intuito de facilitar a identificação dos medicamentos.