ALDEIA DA PSICOLOGIA – ARTE E ACOLHIMENTO NA PANDEMIA DE COVID-19

ALDEIA DA PSICOLOGIA – ARTE E ACOLHIMENTO NA PANDEMIA DE COVID-19

INTEGRANTES

Caroline Firmo Alamino Ribeiro
DIANNI PEREIRA DE OLIVEIRA
Thais Barbosa
LUIZ CARLOS LUCHI

PROFESSOR ORIENTADOR

Alexandre Cardoso Aranzedo

RESUMO DO PROBLEMA

O projeto ALDEIA DA PSICOLOGIA – ARTE E ACOLHIMENTO NA PANDEMIA DE COVID-19 buscou contribuir com o desenvolvimento cognitivo e psicossocial de crianças de 4 a 10 anos, matriculadas na rede pública municipal de ensino de Vitória, num contexto de isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19, por meio de propostas artísticas que visam demonstrar formas criativas e positivas de expressar emoções, proporcionando momentos de escuta e acolhimento dessas crianças.

ESCOPO DA SOLUÇÃO

Com este projeto pretendemos que as crianças tenham vivências artísticas que dialogam com a vida, os desafios e questões que cada um precisa resolver ao longo dela. Pretendemos criar boas memórias para as crianças e para nós mesmas, para que seja uma experiência significativa tanto para as crianças quanto para as proponentes do trabalho.
Nossa proposta de 4 encontros virtuais pela plataforma digital GOOGLE MEET possui uma abordagem voltada para a Arte e seu potencial criativo, buscando desenvolver habilidades e competências dentro da zona de desenvolvimento esperado para crianças na faixa etária destacada.

Na primeira oficina foram trabalhadas pinturas com autorretratos das crianças participantes, viabilizando um diálogo entre produção artística e subjetividade, como cada um vê a si mesmo e como se representa na imagem que dispõe do real da fotografia para se desdobrar no imaginado e no possível do domínio da técnica. As crianças demonstraram muita desenvoltura nas pinturas, mesmo na presença constante de suas famílias ao lado.

A segunda oficina trabalhou a possibilidade de pensar e criar um mundo diferente do real, longe da Pandemia de COVID-19, perto do desejo imanente de cada criança e suas famílias. Foram usados papeis coloridos, tesoura e cola e as crianças verbalizaram suas questões referentes à morte, os cemitérios e também sobre sentimentos como alegria, tristeza e felicidade. As famílias participaram ativamente dos projetos e da execução dos trabalhos, não apenas com o domínio da técnica (recorte, dobradura e colagem) mas também da construção das narrativas infantis.

A terceira oficina contou com a história de Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, no enfrentamento de seus medos, os gigantes moinhos de vento. Cada criança foi convidada a criar armaduras de papel (cartolina) com desenhos (materialização) de seus medos, para juntas compreender que eles fazem parte da vida de todos, mas precisamos despertar para a importância de contar com nossas famílias e professores no processo.

A quarta oficina teve início com a valorização dos nomes e da individualidade de cada criança, uma abordagem necessária para tratar de um assunto importante e ao mesmo tempo complexo: modelagem. Fabricando massinhas coloridas com materiais caseiros (farinha de trigo, água, sal e óleo), cada criança teve a oportunidade de criar personagens, em uma metáfora da modelagem de si, com todas as questões e implicações envolvidas no processo, (re)escrevendo histórias e criando novas possibilidades narrativas.

 

DESCRIÇÃO DO RESULTADO

Durante todas as oficinas, as crianças se envolveram nas propostas trazidas pelos integrantes do grupo, contribuindo de maneira verbal e visual em suas criações artísticas, compartilhando experiências em cada encontro. Acreditamos que nosso trabalho contribuiu de maneira profícua com a autonomia das crianças, nossas propostas foram lúdicas, dentro da faixa etária do público atendido e os áudios enviados por meio das famílias no grupo virtual nos deu uma devolutiva muito positiva do trabalho realizado. Muito mais que uma tribo, a Aldeia da Psicologia se mostrou com potencial para abarcar as diferenças com respeito, acolhimento e Arte para criar novas possibilidades, mesmo em um cenário distópico como o da Pandemia de COVID-19.

Cada oficina buscou trabalhar as potencialidades das crianças, no encontro com as imagens projetadas de si mesmas (pintura dos autorretratos), passando pela ocupação do espaço da folha de papel, da escolha das cores para criar mundos possíveis e mesmo armaduras de papel colorido para enfrentar velhos ou novos medos até a possibilidade de modelar o futuro e a si mesmo, (re)criando possibilidades num contexto pandêmico.

NÚMERO DE PESSOAS IMPACTADAS

Aproximadamente 24 pessoas