JOGOS, BRINCADEIRAS E A EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
INTEGRANTES
Rangel Domingos Vasconcelos dos Santos
João Luiz Cesar Barcelos Rosa
Higor vasconcelos de souza
PROFESSOR ORIENTADOR
Danubia Aires De Souza
RESUMO DO PROBLEMA
O ato de brincar é uma das formas mais comuns do comportamento infantil, é uma condição essencial para o desenvolvimento da criança, e em especial, na primeira e segunda infância. Para além disso, o brincar deve ser tratado como algo inato para a criança, como uma necessidade, que deve compor o cotidiano infantil. Enquanto o adulto se expressa por meio das palavras e da oralidade, à criança tem sua expressividade através de suas brincadeiras, compostas pelos gestos, movimentos e formas de linguagens subjetivas ao universo infantil.
Siqueira e Santos (2009) associam a alfabetização e o letramento como uma das formas de linguagens e expressões derivadas da
cultura corporal do movimento, e que a Educação Física, possui papel imprescindível na contribuição destes processos, e em especial nas séries iniciais do ensino fundamental. A alfabetização e o letramento correlacionado ao papel da Educação Física significa
dominar conhecimentos, hábitos e competências globais para agir no mundo e no meio social, associado as competências derivadas da interação constante do sujeito com o meio ao qual está inserido, ou seja, o desenvolvimento do sujeito se dá a partir das relações e vivências corporais fazendo uso das linguagens não verbais como meios de interação e comunicação, sejam estas por meio dos gestos, expressões, danças, músicas e sinais. Nesse sentido, é atribuido ao sujeito capacidades que dialoguem com anseios de uma integralidade em constante construção a partir do corpo e do movimento por meio das práticas corporais.
ESCOPO DA SOLUÇÃO
Tendo como base os estudos de Andrade (2019); Cristina (2020); e Siqueira e Santos (2009), elaboramos uma cartilha didática direcionada aos professores de educação física que atuam nas séries iniciais do ensino fundamental 1. Por meio da cartilha procuramos enfatizar a importância da Educação Física nos processos que contribuem na alfabetização e no letramento da criança a partir dos conhecimentos e
atribuições específicas da área, tendo as linguagens fundamentadas pelo corpo, pelas expressões, pelos gestos, como meios de desenvolvimento e aprimoramento de habilidades e capacidades vinculadas a sociabilização e culturalização da criança, tendo os jogos e brincadeiras como conteúdo ao qual pode ser explorado de assertivas que vislumbrem os processos de alfabetização e letramento a partir da educação física escolar.
Objetivamos através desta cartilha, propor ações metodológicas que contribuissem com o professor no planejamento de práticas que dialoguem com a temática proposta pelo projeto, afim de considerar a importância da educação física como que também pode (e deve) contribuir nos processos de alfabetização e letramento a partir de suas especificidades.
DESCRIÇÃO DO RESULTADO
A cartilha foi disponibilizada na forma digital a 3 professores de educação física lotados em escolas da rede municipal de Vila Velha. Realizamos uma breve entrevista com objetivo de ouvir e entender melhor a concepção dos professores quanto a temática abordada na cartilha e no projeto. Os professores em sua unamidade alegaram que é possível trabalhar com esse tipo de prática nas aulas de educação física, entretanto, vincularam dificuldades correlacionadas a ausência de propostas interdisciplinares em meio ao cotidiano escolar, o que dificulta um projeto de maiores proporções, aos quais a educação física assuma sua parcela de contribuição por meio dos processos de alfabetização e letramento.
No que tange as intervenções realizadas através das didáticas explícitas pela cartilha, observamos um resultado satisfatório e dentro do esperado a partir dos objetivos traçados por este projeto, aos quais sim, é possível que a educação física enquanto disciplina escolar, seja
capaz de promover os processos de alfabetização e letramento a partir dos jogos e brincadeiras, e nesse sentido, consiga promover também os processos de inclusão visto a autonomia da criança nas relações sociais a partir de novas aprendizagens que dialoguem com sua capacidade de ler e escrever não somente símbolos e letras, mas também o mundo, diminuindo assim muitos sujeitos
que nomeamos de “analfabetos corporais”.